Salgueiro é a escola campeã do Carnaval 2009 do Rio; Império Serrano cai
Com enredo sobre a origem do tambor, o Salgueiro venceu na tarde desta quarta-feira (25) o Carnaval carioca, com 399 pontos. Em segundo lugar ficou a Beija-Flor, com um ponto atrás da campeã. Na seqüência vieram Portela, Vila Isabel e Grande Rio.
Nos quesitos alegoria e adereços, fantasias, samba-enredo e comissão de frente o Salgueiro somou o máximo de notas 10.
A Império Serrano, com 390,70 pontos, cai para o Grupo de Acesso. A escola havia subido para o Grupo Especial neste Carnaval. Na avenida, a Império resgatou samba-enredo de 1976 cantando o fascínio do homem pelo mar.
No início da apuração, a escola Porto da Pedra — que ficou em 10º lugar — foi penalizada, perdendo 0,1 ponto devido a um problema no carro abre-alas.
O desfile da campeã
A batida do tambor foi homenageada no desfile do Salgueiro, em um enredo que empolgou o público na Sapucaí. Além da importância do instrumento no samba, o desfile mostrou batuques usados em festas, músicas e rituais de diferentes povos, fazendo diversas referência aos povos africanos.
Na comissão de frente, homens com o instrumento nas mãos dançaram ao lado de um tambor gigante. O abre-alas apresentou grandes tambores vemelhos e brancos, cores oficiais da escola, que giravam no topo. Bem iluminado, o carro mostrava acrobacias do grupo Intrépida Trupe sobre uma cama elástica.
Um dos usos do tambor apareceu em alas e alegoria que simbolizavam a descoberta de materiais como o tronco para produzir o batuque, nos tempos pré-históricos. No carro “Essência Ritual”, homens das cavernas, tigre, antílope e outros bichos procuravam mostrar o uso de peles de animais para fazer o tambor.
O uso místico por diferentes povos foi aparecendo em seguida, colorindo a avenida em alas como “Xamãs”. Integrantes com chapéus com plumas verdes e laranjas, e a “Marcha dos Samurais”, em tons roxos e dourados, lembrou o uso dos tambores no Oriente.
Já para mostrar o tambor na música e diversão, carros sobre o bumba meu boi, sobre os ritmos musicais nordestinos e o do “batuque nas ruas” encheram a avenida de cores. Este último teve como destaque Carlinhos Brown.
Além das alegorias, chamaram a atenção a rainha da bateria Viviane Araújo, que arriscou tocar um tamborim , e Sabrina Sato, que sambou em frente ao grupo Olodum.