PF tem provas de ameaça a Moro que derrubam versão de Lula sobre ‘armação’; veja.
Documento enviado pelo Grupo Especial de Investigações Sensíveis (Gise) da Coordenação Geral de Polícia de Repressão a Drogas e Facções Criminosas, da Polícia Federal, à Justiça do Paraná apresenta uma série de provas da ação articulada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e assassinar autoridades públicas. Entre os alvos estariam o senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR), o promotor Lincoln Gakiya, do Ministério Público de Sâo Paulo (MPSP) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). As provas derrubam a versão dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirmou em entrevista que haveria uma armação de Moro no episódio.
No pedido de prisão preventiva de investigados feito à juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Criminal Federal em Curitiba, a Polícia Federal aponta que “foram identificadas diversas contas de e-mail vinculadas aos IMEIs dos respectivos terminais telefônicos, não restando outra medida a ser requerida que não a quebra do sigilo das contas e dos terminais telefônicos, especialmente pelas inconsistências dos registros encontrados nas pesquisas que não necessitaram de autorização judicial”.
O documento de 83 páginas assinado pelo delegado federal Martin Bottaro Purper (veja o PDF abaixo) mostra, por exemplo, que um dos acusados envia à namorada uma lista de códigos para disfarçar os termos usados para se referir à ação. Entre esses termos estão as palavras “Flamengo” em referência a “sequestro”, “Fluminense” para “ação”, “Tokyo” para “Moro” e “México” para MS”.