Morre aos 66 anos o cantor Emílio Santiago.
Morreu, aos 66 anos de idade, o cantor carioca Emílio Santiago. O Hospital Samaritano, no Bairro Botafofo, no Rio do Janeiro, onde ele estava internado, ainda não informou a causa nem o horário da morte. O local e horário de enterro também não foram divulgados.
A informação do óbito foi confirmada, nesta manhã (20), pela assessoria de imprensa da unidade de saúde. O artista foi internado no hospital no dia 7 de março, com um quadro de AVC (Acidente Vascular Cerebral) isquêmico.
O cantor, vencedor de diversos festivais de música, iniciou a carreira na década de 70. Voz marcante da música popular brasileira, Emílio gravou sucessos como “Saigon”, “Marina Morena”, “Verdade Chinesa”, entre outros. Seu último disco foi “Só danço Samba” (2010), lançado em 2012.
Confira, aqui, o vídeo de “Saigon”, um dos grandes sucessos do carioca Emílio Santiago.
Biografia
Emílio Santiago nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de dezembro de 1946. Apesar de ser formado pela Faculdade Nacional de Direito, a música sempre falou mais alto em sua vida. No inicio, foi influenciado por cantores como Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto e Anísio Silva. Depois, deixou-se levar pela bossa nova e a voz e violão do ícone João Gilberto.
Ainda na faculdade, começou a cantar em festivais e participou do programa de calouros “A Grande Chance”, apresentado por Flávio Cavalcanti, que o levou a gravar o primeiro compacto: “Transas de Amor”. Em 1975, gravou seu primeiro disco, intitulado Emílio Santiago, que o levou a ser conhecido nacionalmente. Em 1982, venceu o festival MPB Shell, da TV Globo, cantando Pelo Amor de Deus.
Chegou a cantar em diversos bares e casas noturnas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em 1985, foi escolhido como melhor intérprete no Festival dos Festivais, da TV Globo. Três anos depois, recebeu o convite de Roberto Menescal e Heleno Oliveira para fazer o primeiro disco da série Aquarela Brasileira, releitura de músicas clássicas da cultura brasileira. O projeto de sete discos foi um sucesso imediato e a série ultrapassou a marca de quatro milhões de cópias vendidas.
Apresentou-se na Europa e nos Estados Unidos e chegou a ser comparado a Johnny Mathis pelo crítico Stephen Holden, do New York Times, que o viu certa vez em um show no Ballroom, em Nova York. Em 2000, assinou com a Sony Music e gravou Bossa Nova, uma grande regravação de clássicos do gênero.
No ano seguinte, gravou “Um Sorriso nos Lábios”, tributo a Gonzaguinha e João Donato. O último disco de Emílio Santiago foi “Só Danço Samba” (Ao Vivo), lançado em 2012, o primeiro pelo selo de sua propriedade, a Santiago Music.
Ao longo de sua carreira, Emílio Santiago lançou mais de 25 álbuns e quatro DVDs. Em 2013, ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode, por seu último trabalho.
Fonte : Rádio Muriaé / G1 / R7
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