Minas Gerais reduz intervalo para dose de reforço com a Pfizer.
A recomendação do Estado é para que a dose de reforço da Pfizer seja administrada quatro meses após a segunda dose 20 de Dezembro de 2021 , 11:13
Foi publicada no Diário Oficial de Minas Gerias, da última sexta-feira, 17/12, a deliberação CIB-SUS/MG Nº 3.680, que aprova a redução no intervalo da dose de reforço da vacina Pfizer. A partir de hoje, o imunizante poderá ser administrado quatro meses após a última dose do esquema vacinal primário. Antes, esse prazo era de cinco meses.
A redução está permitida quando houver doses da vacina Pfizer com prazo de vencimento, por descongelamento, inferior a 15 dias e impossibilidade de remanejamento das doses entre municípios vizinhos.
A medida tem o objetivo de avançar com a maior operação de vacinação já realizada no estado, bem como ampliar a cobertura vacinal contra a covid-19 entre a população mineira. A diminuição do prazo também é uma estratégia preventiva diante da confirmação de casos da variante Ômicron (B.1.1.529) no Brasil, inclusive em Minas Gerais, como explica a coordenadora Estadual de Imunização, Josianne Dias Gusmão. “O estado possui a maior malha rodoviária do país e, com o aumento das viagens, a circulação de pessoas irá aumentar, possibilitando a transmissão do vírus da covid-19 e das variantes de atenção. Diante da não obrigatoriedade, até o momento, da apresentação de comprovação de esquema vacinal completo para os viajantes, se faz necessário a adoção de medidas de intensificação da vacinação, a exemplo do ocorrido na Europa, como a antecipação da aplicação da dose de reforço da vacina”, reforçou.
Atualmente, são cerca de 3 milhões de doses da Pfizer disponíveis nos 853 municípios. Cada cidade tem autonomia para estabelecer estratégias para o calendário de vacinação, conforme a realidade local. O governo estadual tem orientado os municípios para realizarem a busca ativa dos grupos elencados para a imunização e recomendado a realização de estratégias que extrapolam as salas de vacinas, como a vacinação extramuros em serviços de saúde, escolas, universidades; realização de busca ativa de faltosos pelas Equipes de Saúde da Família; extensão do horário de funcionamento das salas de vacina e reforço das estratégias de divulgação para a população do planejamento da vacinação no município.
Vacinação em Minas
Até o momento (20/12), segundo dados do Vacinômetro, Minas Gerais já recebeu 39.720.009 doses de vacinas contra covid-19. Desse total, já foram aplicadas 16.571.825 como D1, 14.576.042 como D2, 494.209 como Dose Única e 2.282.971 como Dose de Reforço.
Josianne Gusmão lembra que só com o esquema completo é possível reduzir a transmissão da doença e evitar a forma grave da doença. “É importante destacar para a população que as pessoas que não completaram o esquema vacinal ficam mais vulneráveis à infecção pelo coronavírus, elevando tanto o risco individual quanto o coletivo, uma vez que além de correrem o risco de adoecer também contribuem para a circulação do vírus, pois podem infectar outras pessoas vulneráveis. E tanto a segunda dose quanto a dose de reforço são fundamentais para evitar aumento de casos e garantir proteção coletiva”, explica.
Por Jornalismo SES