Milhares de pessoas se reuniram em todo país para pedir a renúncia do presidente do Senado, Renan Calheiros.
Milhares de pessoas se muniram de faixas e cartazes e foram para as ruas em 37 cidades do país e mais cinco no exterior pedir a renúncia do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Na capital mineira, mais de 250 manifestantes gritaram palavras de ordem, cantaram o hino nacional e fizeram paródios de marchinhas contra o peemedebista. Após a concentração na praça Sete, o grupo seguiu até a praça da Estação.
Renan Calheiros responde a processo no Supremo Tribunal Federal por peculato, falsidade ideológica e utilização de documentos falsos. “Somos brasileiros indignados com a corrupção e vamos botar esses corruptos para fora”, afirmou o cantor Giovanni Fiorini, 49, que levou um megafone para comandar o protesto. “Cada um trouxe o seu protesto de casa. Acho que isso é o começo para que algo possa ser mudado”, acredita uma das organizadoras do ato em Belo Horizonte, Isis Portela.
Em Florianópolis, cerca de 500 pessoas foram às ruas. No Rio de Janeiro, mais de 200 manifestantes protestaram em Copacabana. A mesma quantidade de gente esteve na avenida Paulista, em São Paulo, pelo segundo dia consecutivo. No fim do evento, os organizadores convocaram os manifestantes para um grande evento no dia 20 de abril chamado de “Marcha contra a Corrupção”.
Fora do Brasil, houve protestos em Lisboa (Portugal), Paris (França), Auckland (Nova Zelândia) e na cidade irlandesa de Dublin, onde cerca de 150 brasileiros foram às ruas pedir a renúncia de Renan Calheiros. “É assim que começamos a obter pequenas mudanças que, um dia, serão grandes”, postou a internauta Regiane Lopes, que mora em Dublin, na página do evento no Facebook.
PEC 37
O clima de indignação levou a estudante de arquitetura Carolina Spínula, 24, a coletar assinaturas conta a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37. O projeto retira do Ministério Público a competência de investigar crimes. “Se não fosse o Ministério Público, o Renan Calheiros não estaria sendo processado”, criticou.
Informação: “O Tempo”
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