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MG pede 500 cilindros de oxigênio para Ministério da Saúde, mas não tem resposta.

Fornecimento de gás medicinal em meio à pandemia de Covid-19 é tido como ‘preocupante’ pela Secretaria de Saúde, que começou diagnóstico e monitoramento da situação em Minas Gerais

Oxigênio, item básico para sobrevivência de pacientes com Covid-19, encareceu absurdamente e chegou a faltar em várias regiões do país
Foto: MINISTÉRIO DA SAÚDE / DIVULGAÇÃO

Frente um cenário classificado como “preocupante” pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o Estado de Minas Gerais solicitou ao Ministério da Saúde o fornecimento de 500 cilindros de oxigênio a serem usados em situações emergenciais em meio à pandemia de coronavírus, que já matou mais 22 mil mineiros. Entretanto, até a noite de terça-feira (23), pedido não havia recebido resposta por parte do órgão federal.

Em nota solicitada pela reportagem, a Secretaria de Saúde mineira não detalhou quando foi encaminhada a requisição, mas há sete dias, na última terça-feira (16), o médico Fábio Baccheretti, responsável pela pasta, afirmou já ter feito à ocasião pedido ao Ministério da Saúde, para que, com o agravamento da pandemia, não falte oxigênio em Minas Gerais. O gás é item primordial em cuidados médico-hospitalares dedicados a pacientes diagnosticados com a Covid-19.

À data, secretário de Saúde reforçou que o Estado não sofre crise no que tange o fornecimento de oxigênio, mas ponderou ter  preocupação de que o item torne-se escasso na região com o crescimento no número de internações por coronavírus. Ainda em relação à possibilidade de carência do insumo básico no tratamento da Covid-19, o órgão relatou nesta terça-feira que Minas Gerais “vive cenário preocupante no que se refere a gases medicinais”.

Apesar de não falar em desabastecimento nas regiões do estado, a Secretaria de Saúde declarou que está “realizando um diagnóstico da situação, a fim de identificar a melhor forma de auxiliar as instituições, levando em consideração o cenário epidemiológico e assistencial dos territórios”.

Entre as ações elaboradas para aliviar preocupações quanto a hipótese de falta de oxigênio, o Estado declarou ter se reunido com associações de industrias químicas e fornecedores para “estabelecer estratégias de contingência ao problema”. “A Secretaria monitora, constantemente, a cadeia produtiva por meio de contato com os fornecedores do insumo, para que não ocorra desabastecimento”, declarou o órgão em nota.

Internações crescem

O Estado de Minas Gerais alcançou, nesta terça-feira, um índice recorde na taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dedicados a pacientes diagnosticados com o coronavírus. Conforme dados revelados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) à manhã do dia, a ocupação atingiu 94,36% – ou seja, estão ocupados 2.525 leitos da rede pública, sendo que existem apenas 2.671 nos municípios mineiros.

Regiões Leste do Sul e Triângulo do Sul já bateram 100% de ocupação dos leitos Covid-19 do Sistema Único de Saúde (SUS), e taxa de ocupação já ultrapassou 90% nas macrorregiões Centro, Centro-Sul, Leste, Noroeste, Norte, Sudeste, Sul e Vale do Aço – em Belo Horizonte, por exemplo, balanço feito pelo próprio município indica ocupação de 93,8% na rede pública, que chegou a entrar em colapso entre domingo (21) e segunda-feira (22).

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) esclarece que, em virtude da pandemia de covid-19, o estado vive cenário preocupante no que se refere aos gases medicinais. A escassez do insumo tem sido noticiada em várias regiões do país e, no momento, a SES-MG está realizando diagnóstico da situação de Minas, a fim de identificar a melhor forma de auxiliar as instituições, levando em consideração o cenário epidemiológico e assistencial dos territórios.

A SES-MG, de forma diligente, tem se reunido com associações de indústrias químicas e outros fornecedores do mercado para estabelecer estratégias de contingência ao problema e, juntamente com municípios e prestadores, de forma coordenada, desenvolvem instrumento diagnóstico a fim de se obter dados relacionados à estrutura, consumo e questões logísticas associadas ao fornecimento de gases medicinais. A Secretaria monitora, constantemente, a cadeia produtiva por meio de contato com os fornecedores do insumo, para que não ocorra o desabastecimento.

O Governo de Minas Gerais também aguarda o retorno  do Ministério da Saúde para a solicitação, em que pede o  apoio para o  fornecimento de 500 cilindros de oxigênio para atender situações emergenciais do estado.

Informação:  “O Tempo”

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