Homenagem às mulheres e manifestação contra reforma da previdência em Mutum.

Na tarde deste sábado, 11, foi realizado em Mutum um especial encontro para homenagear as mulheres e manifestar contra as reformas na Previdência Social. Com início às 13h, a iniciativa tomada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mutum, com apoio da FETAEMG (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais), reuniu grande público no centro da cidade, além de trabalhadores e trabalhadoras rurais e representantes de diversos segmentos sociais. Entre os presentes, o Presidente do Sindicato de Mutum, Carlos Ferreira (Carloto); Prefeito João Batista Marçal; Diretora de Políticas Sociais e Previdência Social da FETAEMG, Maria Alves de Souza; Coordenadora das Mulheres do Polo Leste do Rio Doce na FETAEMG, Silvana Gomes Damasceno Labanca (Presidente do Sindicato de Luisburgo) e a Diretora do Polo Rio Doce da FETAEMG, Juliana de Souza Matias, entre outras autoridades.

Além da passeata pelo centro, houve celebração de Santa Missa em Ação de Graças ao Dia das Mulheres, e, em seguida, animado show musical, encerrando o evento em alto estilo. As autoridades presentes também se pronunciaram, destacando a importância do momento.

Ao mobilizar os trabalhadores rurais, as entidades visam sensibilizar a sociedade e o Poder Público sobre a preocupante questão da reforma previdenciária, vista como o fim da aposentadoria rural, ou seja, um retrocesso dos direitos das mulheres.

Pelas as novas regras que podem ser estabelecidas pela PEC 287, o trabalhador e a trabalhadora rural só poderão se aposentar com idade mínima de 65 anos. E, mesmo com 60 e 55 anos, esses camponeses só conseguirão aposentadoria se contribuírem mensalmente com o INSS por 25 anos. Mas caso queiram receber a aposentadoria no valor integral, terão que contribuir por 49 anos. Também estão na regra de transição, homens com 50 anos ou mais e mulheres com 45 anos ou mais.