Fafile será absorvida pela Rede Estadual Superior – UEMG
BELO HORIZONTE (MG) – Mais um passo no processo de estadualização do ensino superior em Minas Gerais foi dado nesta segunda-feira (8/04), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. O governador Antonio Anastasia assinou mensagem encaminhando projeto de lei à Assembleia Legislativa, que prevê a absorção de seis fundações educacionais de ensino superior associadas à Universidade de Minas Gerais (Uemg). O objetivo da medida é ifundir o conhecimento e contribuir para a produção científica em todo o Estado.
As fundações a serem absorvidas são dos municípios de Campanha, Carangola, Diamantina, Divinópolis, Ituiutaba e Passos. A incorporação, segundo o governador, é uma demanda que surgiu com a criação da Uemg, em 1989.
“Desde lá até agora, decorridos quase 30 anos, tivemos muitas batalhas e dificuldades, mas nem por isso desistimos. Ao contrário, nos empenhamos, nos desdobramos, fomos ousados, corajosos e criativos para dar guarida à ansiedade maior: o ensino público de qualidade em nosso Estado”, afirmou Anastasia em seu pronunciamento para secretários de Estado, representantes das fundações de ensino superior e estudantes.
O governador disse ainda que a estadualização foi um compromisso assumido durante seu mandato e que, com o apoio dos parlamentares, até meados do próximo ano o processo deverá ser concluído.
Melhorias
A absorção das fundações educacionais possibilitará a melhor gestão dos cursos e a adequada avaliação de suas necessidades e ofertas pela Uemg, que se tornará a terceira maior universidade de Minas em número de alunos, atrás das universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e de Uberlândia.
“Feito o processo, do ponto de vista prático e concreto, significa que estamos absorvendo os funcionários, as instalações, assumindo as despesas, mas, muito mais, nós queremos um processo pedagógico cada vez mais inovador e que sustente a prosperidade e o desenvolvimento de Minas”, destacou Antonio Anastasia.
O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues, explicou que com a estadualização, a Universidade do Estado de Minas Gerais passará a atender de forma pública e gratuita em mais seis cidades mineiras, oferecendo cursos na área de saúde, como biomedicina, enfermagem, psicologia, fisioterapia e nutrição. A absorção será feita de modo integral e definitivo.
“Eu diria que esse é o momento histórico. Mais do que o resgate de um compromisso, a estadualização das fundações representa incluir na agenda de governo, de forma definitiva, o tema do ensino superior. E esse é o tema fundamental, a ferramenta talvez mais importante para que possamos alavancar o ingresso de Minas na sociedade do conhecimento”, ressaltou o secretário.
Uemg mais forte
Após a estadualização das seis fundações, o número de alunos da Uemg passará dos atuais 5.600 para 15 mil. O número de cursos de graduação oferecidos saltará de 32 para 112 graduações, e o de professores subirá de 853 para 1800.
Atualmente, a Uemg também oferece cursos de pós-graduação Lato sensu, mestrados em Design, Educação e Engenharia de Materiais e um de doutorado em Engenharia de Materiais.
O reitor da Uemg, Dijon Moraes Júnior, enumerou os diversos avanços pelos quais passou a universidade nos últimos anos. Além de autorizar a abertura de concurso com 590 vagas para professores, uma ação inédita para a universidade, propiciou qualificação docente.
“O outro ponto que queria destacar foi a autorização do concurso para servidores. A universidade cresceu muito e precisava de ter esse apoio. O senhor também fez um gesto que pode parecer pequeno, mas determinante: autorizou para a Uemg a incorporação dos benefícios e gratificações na carreira do docente, após a inatividade, além da imediata adequação de nível de carreira após qualificação”, listou Dijon Moraes, que também leu uma mensagem de agradecimento ao governador escrita pelo primeiro reitor da Uemg, professor Aluísio Pimenta, presente na solenidade.