Edmar Moreira vai ao TSE pedir desfiliação partidária
O deputado Edmar Moreira (DEM-MG) entrou nesta segunda-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com pedido de desfiliação, alegando perseguição partidária à sua candidatura, em decorrência da ameaça do partido em expulsá-lo. Moreira é acusado de ter utilizado R$ 245,6 mil de sua verba indenizatória em serviços de segurança particular e de não ter declarado à Justiça Eleitoral a posse de um castelo, avaliado em mais de R$ 20 milhões.
Em sua defesa, o deputado alega ter sido perseguido pelo DEM que segundo ele, “vem se pronunciando publicamente por fatos totalmente infundados, exercendo verdadeira perseguição pessoal por meio de execração pública”. Moreira utiliza como defesa o argumento de que o partido se mostrou publicamente insatisfeito depois que ele conquistou a 2º vice-presidência da Câmara, justificativa que, no seu entender, seria suficiente para que o mandato permanecesse em suas mãos.
Em carta de renúncia aos cargos de 2º vice-presidente e de corregedor da Câmara dos Deputados, enviada nesse domingo presidente da Casa, deputado Michel Temer (PMDB-SP), Moreira afirmou que o episódio se tornou “uma sangria desatada pautada em mentiras, inverdades, jogo de retórica e ataques sem respaldo empírico”. Segundo o deputado, o castelo de que é dono foi construído na década de 80, antes de seu primeiro mandato eletivo, não tendo sido utilizado dinheiro público em sua construção.