Campanha da Fraternidade 2010 – Encontros em Manhuaçu
A cidade de Manhuaçu MG realizou neste último final de semana, vários encontros sobre a Campanha da Fraternidade do ano de 2010. Coordenado pelo Ir. Denilson Mariano, os encontros aconteceram no Salão Paroquial da Comunidade S. Lourenço. Segundo o Ir. Mariano, a Campanha da Fraternidade deste ano é Ecumênica, e vem com o Tema: Economia e Vida, e com o Lema: Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro. ” O Objetivo geral é Unir Igrejas Cristãs e pessoas de boa vontade na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, construindo uma cultura de solidariedade e paz, e com objetivos específicos de, denunciar a perversidade de um modelo econômico que visa em primeiro lugar o lucro, aumenta a desigualdade e gera miséria, fome, morte. Educar para a prática de uma economia de solidariedade, de cuidado com a criação e valorização da vida como bem mais preciosa prática de uma economia de solidariedade, de cuidado com a criação e valorização da vida como bem mais precioso. Conclamar as Igrejas, as religiões e toda a sociedade para a implantação de um modelo econômico de solidariedade e justiça para todos Esses objetivos devem ser trabalhados em quatro níveis: Social, eclesial, comunitário e pessoal. Segundo Pe. Renato Borges, Pároco de Manhuaçu, “sob a responsabilidade do CONIC, a Campanha da Fraternidade de 2010 é ecumênica, e está aberta à participação de todas as denominações cristãs.
O objetivo geral da Campanha é “Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão”. Segundo edital publicado pelo Pe Dr. Brendan Mc. Donald, Redentorista assessor da CNBB ” Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, “a Campanha da Fraternidade 2010 quer unir as Igrejas Cristãs e, principalmente a nossa sociedade, que é formada por pessoas de boa vontade, na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e trazendo a paz. A Campanha vai nos ajudar a reconhecer nossa omissão diante das injustiças que causam exclusão social e miséria. Hoje precisamos combinar eficiência econômica, justiça social e prudência ecológica, percebendo a relação e a importância do meio ambiente nas atividades de desenvolvimento econômico, social e cultural.
O Texto-Base da Campanha insiste que a economia existe para a pessoa e para o bem comum da sociedade, não a pessoa para a economia. O lema da Campanha, a afirmação de Jesus registrada no Evangelho de Mateus: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24) nos propõe uma escolha entre os valores do plano de Deus e a rendição diante do dinheiro, visto como valor absoluto dirigindo a vida (Texto-base, p.47). O dinheiro, embora necessário, não pode ser o supremo valor dos nossos atos nem o critério absoluto das decisões dos indivíduos e dos governos. O dinheiro “deve ser usado para servir ao bem comum das pessoas, na partilha e na solidariedade”. Toda a vida econômica deveria ser orientada por princípios éticos. A medida fundamental para qualquer economia é um sistema que deveria criar reais condições de segurança e oportunidades de desenvolvimento da vida de todas as pessoas, desde os mais pobres e vulneráveis. O capitalismo selvagem trabalho no sentido oposto. Não se importa com a destruição da natureza ou com o fato de que está tornando sistêmica a miséria de milhões de famílias.
Na história humana, marcada por ambições, explorações, injustiças e ganância, a Bíblia se volta decididamente para a defesa dos pobres. No âmbito social, a Bíblia nos mostra profetas acusando reis e gente poderosa que enriquece à custa do povo e não cuida bem daqueles a quem deveriam servir (Is. 3,13-15; Jr 5, 27-29: Ez 34, 2-4 etc.). No âmbito comunitário, a Bíblia fala sobre a diária do trabalhador que deve ser paga no mesmo dia, pois ele precisa disso para viver (Ex 19, 13), e ao socorro que devemos prestar aos pobres (Dt 15, 7-11). No âmbito pessoal somos chamados a evitar corrupção e desonestidade e viver a partilha no amor fraterno. As palavras de João no Evangelho de Lucas (Lc 3, 10-14) nos oferecem uma orientação clara nesta área. (cf. p.48 do Texto-Base).
O Texto-Base da Campanha deve ser um instrumento à disposição das comunidades cristãs e de todas as pessoas de boa vontade para enfrentar, com consciência crítica, os temas do desenvolvimento e da justiça, da economia e da vida humana no Brasil e no mundo. Precisamos denunciar a perversidade de todo modelo econômico que vise em primeiro lugar o lucro, sem se importar com a desigualdade, miséria, fome e morte. A Campanha nos convida a lutar para: incluir a alimentação adequada entre os direitos previstos na Constituição Federal; erradicar o analfabetismo; eliminar o trabalho escravo; combater o trabalho infantil; conseguir uma tributação justa e progressiva; garantir o acesso à água e continuar a luta pela Reforma Agrária.
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